publicado em 25 de Janeiro de 2019 às 17:35 - Notícias

A saúde está de luto: Protesto da categoria está marcado para o próximo domingo (27) em Campo Grande

Divulgação

Esta sexta-feira amanheceu mais triste para os trabalhadores da saúde em Campo Grande, quando foi dada a notícia do falecimento de William Flávio Corrêa Franco, técnico de enfermagem da Santa Casa da capital.

Conforme informações da imprensa, colegas de trabalho de William acionaram os Bombeiros que encontraram o trabalhador sem vida na madrugada de hoje (25), no banheiro do CTI da Santa Casa. William tinha acabado de retornar de uma licença 90 dias, por motivos de tratamento psicológico, as evidências indicam o suicídio do técnico em enfermagem.

Outro caso que chocou a população a população campo-grandense, foi o falecimento da enfermeira do Hospital Regional da capital, Janaína Silva de 39 anos de idade, ocorrido em sua residência no dia 2 de janeiro. A principal linha de investigação, conforme a imprensa, é de suicído.

Diversas postagens em redes sociais de Janaína, demonstrava sua insatisfação com a carga horária exaustiva de trabalho e o não reconhecimento sobre a importância de sua profissão.  

Mais uma tragédia na saúde

“Os casos que ocorreram nos últimos anos demonstram que este é um problema crônico na saúde. Vivenciamos um modelo que se resume as redes sociais, você recebeu um e-mail, então se sinta comunicado. Não tem um feedback mais próximo, para saber realmente como a pessoas estão, o contato mais próximo e direto é fundamental para o tratamento das doenças da mente. Os servidores se sentem abandonados, observamos um tratamento muito frio das empresas ao cuidarem de seus funcionários”, disse Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS.  

Ainda segundo Bueno, “em nosso caso, a tentativa de avançar com o SESMIT não foi possível em administrações anteriores, tanto do HR como do governo. Esperamos que agora, com um servidor de carreira a frente do Hospital que conhece a realidade e as angústias dos trabalhadores da saúde, seja possível a gente avançar nas políticas de atendimento do SESMIT.

Protesto

Está marcado para o próximo domingo, dia 27, na Praça do Rádio em Campo Grande às 9h da manhã, um ato da categoria que reúne profissionais da saúde dos setores públicos e privados.

O evento foi convocado no início desta semana, para alertar as autoridades e solicitar o apoio da população pela valorização dos profissionais de saúde e pela redução de sua carga horária de trabalho.

Conforme Ricardo Bueno, “com certeza o protesto é válido, sabemos que é uma pauta difícil que temos lutado há muito tempo. É importante lembrar dessa conjuntura onde o governo estadual tenta fazer voltar as 40h aumentando a carga de trabalho, onde o próprio Ministro da Saúde se coloca contra as 30hs, viveremos tempos difíceis se este cenário continuar, por isso é importante a luta”, destacou Bueno.

“Ainda hoje, chegou uma determinação do governo para a diminuição de custos, reduzindo inclusive em 30% a carga horária dos extras, sendo que as extras serviriam justamente para suprir a falta de funcionários. Então a pergunta é: Esta é realmente uma alternativa viável? Ou seria melhor termos uma gestão realmente voltada para uma saúde pública de qualidade e do respeito e cuidado com seus funcionários? Aumentar a carga horária vai na contramão dos últimos acontecimentos na nossa profissão”. Alertou o sindicalista

Escrito por: Sérgio Souza Júnior - Assessoria SintssMS. 

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