A decisão foi tomada por centenas de trabalhadores que participaram da Assembleia Geral Estadual do SintssMS, realizada no início da tarde desta quarta-feira (14), no Pátio do Hospital Regional de Campo Grande.
Conforme Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do MS) que representa a categoria, “a assembleia foi boa, nossa categoria demonstrou com a sua participação que está totalmente contrária à possibilidade de terceirização do Hospital Regional” afirmou.
“Vamos para a Assembleia Legislativa amanhã [15] e vamos mostrar a situação, se não der resultado, vamos avaliar os próximos passos que acredito ser paralisações, se necessário for, temos que fazer, não tem outro caminho. Não dá para aceitar a terceirização simplesmente como uma vontade do governo”, frisou Bueno.
O sindicato avalia que o grande problema enfrentado pela saúde pública é que o estado brasileiro não assume sua responsabilidade com o serviço público.
Esta opção acaba sucateando, precarizando o trabalho e piorando cada vez mais as condições de atendimento à população.
Neste sentido, a direção do sindicato não se vê surpreendida sendo este o tipo de argumento apresentado por setores do estado, para justificar as terceirizações e privatizações.
A direção do SintssMS reforça sobre alguns resultados deste tipo de iniciativa, quando vieram junto com a privatização os elementos de corrupção, lavagem de dinheiro, notadamente observados na Operação Sangue Frio.
Na investigação, foi detectado que políticas de combate ao câncer foram desestimuladas por dirigentes de órgãos públcios estaduais, sendo observados um coluio que privilegiava o referido tratamento pela rede privada.
Atualmente surgiram rumores de que estariam sendo realizados estudos para a implementação da terceirização de setores do Hospital Regional de Campo Grande, via OS (Organizações Sociais de cunho privado).
Sangue Frio - A Operação Sangue Frio, deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU em 2013, apurou diversas irregularidades ocorridas na Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul (Hospital do Câncer), como: contratação de empresas prestadoras de serviço de propriedade dos diretores ou vinculados à família de Adalberto Siufi; contratação de familiares para ocupar funções responsáveis pelas finanças da fundação e para ocupar altos cargos; cobrança do Sistema Único de Saúde de procedimentos de alto custo após o óbito dos pacientes; e acordo com farmácia com indício de superfaturamento. Fonte (MPF).
Escrito por Sérgio Souza Júnior AsCom SintssMS.