publicado em 30 de Agosto de 2019 às 17:43 - Notícias

SintssMS defende o HR-MS contra a terceirização em Audiência Pública.

Ricardo Bueno em AL-MS 29 Agosto. Foto: Sérgio Souza Jr

Foi realizada na última quinta-feira (29), a Audiência Pública, "Gestão e Condição do Hospital Regional de Campo Grande, organizada pela Assembleia Legislativa do estado. 

Representando os trabalhadores do HR-MS, Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS, participou da mesa da Audiência Pública e reforçou que o hospital é referência em atendimentos de oncologia adulto, pediatria, hemodiálise, o tratamento de feridas, entre outros.

Criticando uma possível terceirização do HR-MS por parte do governo, Bueno disparou, “OS não deu certo em lugar nenhum é só corrupção, governo do PSDB, Secretário de Saúde, vamos por 5, 10, 15 anos, vocês serão os responsáveis por todos os amputados que tiverem andando aqui em Campo Grande... põem para a população [saber] o HR atende 1800% do atendimento de angiologia, que é os diabéticos, as varizes, as feridas que nós atendemos lá dentro” afirmou.

Saúde é direito do povo e dever do estado, disse Bueno.

“Quem que atende na rede se não for nós? E se a gente não atender? Vai amputar como amputavam antes? Então tem que saber, porque OS ela não faz isso aqui que a gente faz” reforçou o dirigente.

Portas abertas

Relatando sua própria experiência como funcionário do Pronto Socorro do HR-MS, Ricardo Bueno ressaltou uma grande diferença de tratamento aos usuários de saúde que ele observa, “quando tinha aquele negócio de senha, nós nunca negamos o atendimento, a gente dizia ‘eu não vou negar atendimento o cara tá morrendo aí na porta’, na Santa Casa o cara não entra, no HU o cara não entra, lá no Hospital Regional ele entra” disse o sindicalista, recebendo aplausos do plenário, que estava lotado de servidores do hospital regional.

Audiência

O evento foi uma proposta pelo deputado estadual Antônio Vaz, presidente da Comissão de Saúde, a audiência contou com a presença de outros três parlamentares: Coronel David (PSL), Pedro Kemp (PT) e Renato Câmara (MDB). 

Kemp propôs uma gestão participativa, ao invés de se iniciarem tratativas sobre a entrega da gestão do HR-MS para um OS, ele ainda frisou, “tivemos informação de gasto de R$ 22 milhões por mês. Isso representa diferença grande com relação aos R$ 30 milhões ou R$ 32 milhões. Onde estão os R$ 10 milhões dessa diferença? ” questionou Kemp.

No evento, o Secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende não levou dados e não fez nenhuma apresentação na audiência, mas defendeu gestões via OS, além de afirmar que “não dá mais pra fazer governança direta”, alegando assim que a sua secretaria está discutindo outras formas de gestão para o Hospital.

Precarização da saúde

O sindicato avalia que o grande problema enfrentado pela saúde pública é que o estado brasileiro não assume sua responsabilidade com o serviço público. 

Esta opção acaba sucateando o ambiente de trabalho e piorando cada vez mais as condições de atendimento à população, estas ações pioram as condições de trabalho e atendimento para justificar a terceirização.  

Neste sentido, a direção do sindicato não se vê surpreendida sendo este o tipo de argumento apresentado por setores do estado, para justificar as privatizações. 

A direção do SintssMS reforça que junto com as ações de privatização, sempre vieram juntos os elementos de corrupção, lavagem de dinheiro, que podemos observar na Operação Sangue Frio, por exemplo.

O Hospital Regional é um patrimônio do povo sul-mato-grossense, ele é responsável por 22% dos atendimentos em Campo Grande, cobrindo assim a segunda maior demanda da região.

Sérgio Souza Júnior, Assessoria SintssMS, com informações da AL/MS.

 

 

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