Na manhã desta segunda-feira (17), servidores do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) paralisaram por duas horas suas atividades de trabalho em protesto que reivindica o reajuste salarial do funcionalismo público e a incorporação do abono, o governo do estado ofereceu 0% de reajuste salarial.

Na avaliação Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS, “o ato foi muito bom, pois demonstrou a indignação dos servidores com a falta de compromisso do governo referente a valorização dos servidores”, disse.

“Fizemos este ato hoje e continuaremos fazendo manifestações, já realizamos paralisações no Hospital Regional, Casa da Saúde, Hemosul, nos Vetores junto com a Assistência Farmacêutica, e continuaremos fazendo quando necessário para continuar pressionando o governo a abrir um diálogo sobre nossas reivindicações”, afirmou Bueno.

Aumento da jornada de trabalho

No dia 1 de Julho, conforme decreto do governo do estado, os servidores deverão realizar 8h de trabalho, o que significará aumento da carga de horária dos funcionários dos setores que hoje praticam as 6h.

O sindicato avalia esta ampliação da carga horária como perda salarial, além de não vir acompanhada de ações que garantam condições mínimas para a aplicação desta jornada.

Neste sentido o SintssMS vem reivindicando que o governo ofereça as contrapartidas necessárias ao funcionamento desta carga horária, com o vale alimentação, vale-transporte, criação de espaços adequados para as refeições dos trabalhadores, além de adequar aos horários já desenvolvidos por determinadas unidades.

Este é o caso do Lacen, conforme Ricardo Bueno, “o laboratório funciona das 6h até as 18h, dois turnos de 6h que significa que o setor trabalha em prol da população durante 12 horas, se for manter isso, este trabalho vai diminuir para 8 horas, afetando seus atendimentos, por exemplo dos exames da tríplice epidemia da dengue, da chikungunya, da Zika, etc. No Lacen são feitos exames de água, de alimentos do estado todo, aqui são feitos 70 destes exames” reforçou o dirigente sindical.

A direção do sindicato alega que estes atos são um “grito” dos trabalhadores que não suportam mais a forma “como o governo vem tratando os servidores”, sem reajuste, sem incorporação do abono, aumentando a jornada de trabalho e provocando em alguns casos, a redução do atendimento à população.

As lideranças sindicais aguardam a realização de mecanismos de diálogo sobre suas reivindicações, segundo Bueno, o Secretário de Governo, Eduardo Riedel deve oferecer um posicionamento sobre as reivindicações específicas da categoria no próximo dia 19 de junho.

Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom SintssMS