publicado em 9 de Julho de 2009 às 12:56 - Notícias

CUT-MS ingressa com ação contra Prefeitura de Ribas por abandono de trabalhadores no carvão

Após acatar pacificamente o pedido de reintegração de posse da Secretaria de Assistência Social, expedida pela juíza Daniela Endrice Rizzo, da Comarca de Ribas de Rio Pardo, na última sexta-feira, a CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul), ingressou com ação pública civil contra a Prefeitura de Ribas de Pardo por abandono, negligência e ausência de uma política permanente de assistência voltada aos trabalhadores demitidos das carvoarias, fechadas pela prática de trabalho escravo.

Na ação, a assessoria do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul) reiterou que os trabalhadores demitidos das carvoarias necessitam, urgente, de assistência, caso contrário poderão entrar em óbito, devido as seqüelas causadas pela labuta nos fornos: queimadura, lesões e cegueira, agravada pela falta de alimentação equilibrada e alojamentos adequados.

Na opinião da direção da CUT-MS, o prefeito do PPS, Roberson Moureira, está dando uma de Pôncios Pilatos, lavando às mãos para uma problema social grave, que há anos atinge o município e que precisa de uma ação efetiva do poder público municipal como a construção de um CETREMI (Centro de Triagem de Migrantes), cozinha comunitária,   frentes de trabalho, que absorva a mão-de-obra temporária que procura o município para trabalhar e  programas efetivos de requalificação e encaminhamento profissional. “A imagem de  bêbados ou desocupados construída pelo prefeito não condiz com a realidade com as mãos calejadas e as seqüelas no corpo apresentada por quase todos os 40 trabalhadores que ocuparam a Secretaria de Assistência, famintos e jogados ao relento”, lembra o presidente eleito da CUT, Jerferson Borges.

MULTA

A CUT-MS também impetrou recurso contra multa de R$ 1 mil diária  expedida pela juíza em caso de descumprimento do pedido de reintegração de posse, considerando abusiva o pedido de multa ingressado pela assessoria jurídica do município, no valor de R$ 5 mil reais contra os dirigentes sindicais  Hosana Ribiero Bonato, Alexandre Costa, Mauro Maurício da Costa, Jerferson da CUT,  no valor de R$ 100 mil reais pela ocupação da Secretaria de Assistência Social. “A atitude do prefeito Roberson só pode ser comparada aos tempos de Exceção da Ditadura, agora transferida para o judiciário, usada para reprimir movimentos reivindicatórios, legítimos e justo”, declara o dirigente cutista. 

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