publicado em 30 de Maio de 2014 às 20:08 - Notícias

Dirigentes do SINTSS-MS participaram de evento com o Ministro da Saúde, um balanço do Programa Mais Médicos.

Foto: Sérgio Souza Júnior.

Na tarde desta sexta-feira (30), foi realizada no auditório da FIEMS, em Campo Grande, a apresentação do Balanço do Programa Mais Médicos no país e no Mato Grosso do Sul, pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Os dirigentes do sindicato, Alexandre Junior CostaRicardo BuenoJose Aparecido de Lima Eder Rodrigues De Lima LimaClaudia Guimarães acompanharam a atividade. Também presenciaram o evento, diversos gestores municipais de saúde, o governador do estado, o Senador da República Delcidio do Amaral, entre outros.

No comparativo entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014, ampliou em 34,9% no número de consultas na Atenção Básica de 2.347 municípios do país, elemento fundamental no sistema de saúde, que previne e reduz a necessidade de milhares de pessoas serem encaminhadas aos hospitais, pelo fato do problema ser atendido na origem.

Durante a apresentação dos slides, ficou muito evidente a defasagem que o Brasil tem, na quantidade médicos por mil habitantes (1,8), em relação a países como Argentina que tem (3,2) Uruguai (3,7), Portugal (3,7), Espanha (4), Itália (3,5), Alemanha (3,3) entre outros. Segundo parâmetro da ONU, para um acompanhamento à saúde adequado, é necessário que o coeficiente seja de pelo menos, 2,8 médicos a cada mil habitantes.

Segundo Ricardo Bueno, dirigente do SINTSS-MS e Presidente do Conselho Estadual de Saúde do Estado, “a palestra do ministro foi esclarecedora, os dados provam que o programa Mais Médicos veio melhorar e muito o atendimento às pessoas, em locais aonde os médicos não chegavam. Neste sentido, este atendimento na atenção básica veio em boa hora e tem contribuído para desafogar os hospitais. Este é um programa que vem atender a população carente, que não recebe os mesmos atendimentos que tem as pessoas que moram em grandes centros”.

Para o Presidente do sindicato, Alexandre Júnior Costa, o Programa Mais Médicos é muito importante que atende as pessoas mais pobres e que o ministro apresentou dados muito interessantes, mas ele faz uma ressalva, “ainda assim, no macro, continua a política de privatização da saúde, sendo que este programa é uma boa medida, mas é paliativo. Neste caso, defendemos que seja construída uma carreira específica, não apenas para os médicos, mas para todos os profissionais na área de saúde”.

Sobre a polêmica do tema, o Ministro da Saúde afirmou “não se faz reforma de saúde pública contra os médicos ou sem os médicos. É necessário ter diálogo civilizado, porque quem perde é a população”. Segundo a pesquisa apresentada nesta atividade, 74,8% da população brasileira aprova o programa, 18,7% desaprova e 6,5% não opinaram.

Em outro momento de sua fala Chioro também frisou que o Brasil vive uma situação de pleno emprego, mas que a carreira, por este motivo, tem maior dificuldade de ser implantada. Ele reforçou que um elemento fundamental para a atenção básica é a manutenção do vínculo e que o Ministério da Saúde observou haver dificuldades de ser concretizada em milhares de cidades brasileiras.

O programa Mais Médicos utilizou uma série histórica para a oferta de suas vagas e que só foram abertas em locais onde havia demanda, conforme relatório dos municípios.

Dados:

22 estados brasileiros estavam abaixo da média de 1,8 médicos para cada mil habitantes.

Mais de 14 mil médicos designados para a Atenção Básica;

Mais de 3.800 mil municípios e distritos indígenas foram atendidos;

100% da demanda solicitada pelos municípios foram atendidas.

Cerca de 49 milhões de pessoas atendidas no Brasil;

No Mato Grosso do Sul, são 196 médicos para a Atenção Básica;

62 municípios e DSEI´s atendidos;

Impacto na assistência de mais de 676 mil pessoas.

Após a exposição, que também teve como ouvintes, representantes do protesto contra o programa, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro disse que os relatos que eles têm recebido, são de pessoas que reforçam a qualidade do atendimento, do cuidado que recebem dos médicos do programa, do maior tempo de atendimento a que estavam acostumadas e para finalizar ele defendeu "por que a população pobre do país, que é atendida pelo SUS, não pode receber a mesma atenção que recebem as pessoas que moram nos grandes centros urbanos do país?".

O Programa Mais Médicos leva profissionais para o interior e periferias de grandes centros, e já conta com mais de 14 mil médicos alocados em unidades básicas de saúde de quase quatro mil municípios. Em menos de um ano, a iniciativa do governo federal já impacta na vida de 49 milhões de brasileiros.

Escrito por: Sérgio Souza Júnior
Assessoria de Comunicação do SINTSS-MS. 

 

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