O Fórum dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul deu início ao calendário de mobilizações 2017 contra a retirada de direitos na tarde desta segunda-feira (13). Na ocasião, foram debatidos os projetos de Reforma da Previdência, Reforma Administrativa e Revisão Geral Anual 2017 referente aos servidores do Estado — projetos que serão encaminhados para a Assembleia Legislativa neste começo de ano.
Também na reunião desta segunda-feira foi deliberado a nova Coordenação do Fórum de Servidores para melhorar a organização e estrutura do órgão, ficando definido pela seguinte coordenação: Coordenador geral - Fabiano Reis (Judiciário); Coordenadores - Giancarlo Miranda (Segurança), Lucílio Souza Nobre (Educação), Luiza Helena Haddad (Outras carreiras) e Ricardo Bueno (Saúde).
Como coordenador geral Fabiano Reis pretende unir ainda mais as entidades sindicais para aumentar a representatividade e força do Fórum dos Servidores. “Agora é o momento de união entre todos os sindicatos porque a reforma da previdência afeta todo mundo. O Fórum do Servidores é um grupo histórico que sempre defendeu a luta dos servidores públicos e agora chegamos no momento de nos fortalecer e fazer mobilizações para reivindicar nossos direitos que estão querendo ser retirar”, comentou.
Ricardo Bueno, Presidente do SINTSS/MS, ressaltou durante reunião,"todos nós temos que nos unir nesta questão da previdência, tem gente que acha que tem o direito adquirido, mas o projto cita a tal, presunção de direito, aprovando do jeito que está, significa cair na nova regra", disse. O secretário de finanças do SintssMS, Alexandre Júnior Costa, reiterou em sua fala,"o que aprovarem em brasília sobre a previdência vai vir aqui para nós no estado, precisamos nos mobilizar, isso tudo é uma tentativa sistemática de desmonte do serviço público, olhem para a propagando bonita da Reforma do Ensino Médio, na prática, professor de educação física vai acabar dando aula de biologia", afirmou.
Nesta semana está previsto o encaminhamento dos Projetos de Leis sobre a Reforma da Previdência e Administrativa. “Acredito que agora é hora do Fórum de Servidores agir, reviver aqueles grandes momentos de luta que o Fórum já teve. Pretendemos fazer um calendário de mobilizações, vamos reorganizar nossa coordenação e fazer nossas estratégias para esse ano”, complementou Fabiano.
Os coordenadores do Fórum pretendem fazer plantões na Casa de Leis para garantir os direitos dos servidores “O Fórum vai ficar de olho nas sessões da Assembleia Legislativa, acreditamos que antes de ser encaminhado para votação, tem que ser debatido junto ao Governo do Estado, com amplo debate com os servidores públicos”, pontuou o coordenador.
Participaram da reunião os dirigentes sindicais do SINDIJUS-MS, ABSS-MS, SINSEMP-MS, SINTSS-MS, SINTERPA-MS, SINDER-MS, SINDAGE-MS, SIFEMS, SIGEASFI-MS, DIEESE-MS, SINDETRAN-MS, ACP-MS, SINPAP-MS, SINPOL-MS, SINSAP-MS.
A coordenação do Fórum, deliberou por encaminhar um ofício, contendo a assinatura de todos os sindicatos e associações que compõem a organização, solicitando uma reunião com o governador do estado para tratar sobre o tema da previdência do serviço públicos e estadual, além de iniciar as tratativas sobre o processo de negociação salarial deste ano.
Atuação - O Fórum dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul vem se fortalecendo desde as mobilizações de 2015 e 2016, contra “Reajuste Zero”, em que Governo do Estado alegou que os reajustes salariais de 2015 foram antecipados em dezembro de 2014, por meio de leis aprovadas na gestão do ex-governador André Puccinelli, que passou a valer em janeiro do ano seguinte.
Em 2016, o movimento se intensificou como “Duzentão Não”, ocasião que Governo do Estado apresentou proposta para conceder R$ 200 em forma de abono para cerca de 40 mil servidores públicos do Estado. A proposta foi rechaçada pelas entidades sindicais, sendo realizadas várias mobilizações como panfletagens, passeatas e atos públicos.
Também em 2016, o SINDIJUS-MS juntamente ao Fórum dos Servidores organizaram movimento histórico em frente ao Fórum Heitor de Medeiros, com cerca de mil servidores públicos membros do TJMS (Tribunal de Justiça), MPE (Ministério Público Estadual), Defensoria Pública, TCE (Tribunal de Contas do Estado), onde paralisaram as atividades por cerca de duas horas em protesto contra o, então, Projeto Lei Complementar – PLP 257/16, que poderia extinguir atividades do serviço público.
Escrito por Assessoria Fórum dos Servidores Públicos com informações SINTSS/MS