A reunião contou com a presença de sindicatos cutistas, militantes de organizações de juvenis, dentre outros movimentos sociais, do Secretário Municipal de Saúde da capital Ivandro Fonseca e do Deputado Estadual Amarildo Cruz.

Na pauta, a apresentação de um quadro diagnóstico da saúde publica municipal pelo Secretário Ivandro, das ações da CPI da Saúde apresentados pelo Amarildo e da visão crítica, da Frente Defesa Saude sobre temas polêmicos.

Ivandro Fonseca afirmou "temos problemas sérios, crônicos, tinha 300 contratos em não conformidade, compra de materiais hospitalares da CIRUMED de algo em torno de 1042%". Em outro momento da fala, Ivandro ressaltou "o tempo de espera nos plantões chegava a 10 horas e conseguimos reduzir para 30 a 40 minutos. Nós ampliamos a atenção básica de 11% para 34% com o uso de dois programas, o Consulta Única e o 3º turno que ampliaram o nível quantitativo e qualitativo dos atendimentos". 

Alexandre Junior Costa fez uma fala crítica "nós temos feito uma luta muito grande, a Frente em Defesa da Saúde Pública pautou a criação da CPI da Saúde e fizemos um forte combate a política de privatização que envolve a saúde pública em diversos contratos". Costa comentou também que é perceptível que houve mudanças positivas na saúde, "eu mesmo fui levar minha tia no posto de saúde e ela foi rapidamente atendida, eu até estranhei. Neste sentido as mudanças são visíveis, mas ainda temos um problema no serviço público que é a relação com o setor privado". 

A reunião foi muito produtiva na visão de Giovano Midon Braga, dirigente da CUT-MS que reforçou “temos a necessidade de ir para as ruas, os bairros das cidades para falar dos resultados da CPI da Saúde Pública Estadual que comprovou uma série de mal uso dos recursos públicos da saúde”.

A acadêmica de medicina Roberta de Paola, membra da Direção Executiva Nacional dos estudantes de Medicina (DENEM), falou sobre a privatização dos HU na UFMS “estão privatizando o HU com a EBSERH, até hoje não tivemos acesso a este contrato da empresa com a Universidade, o concurso vai ser aberto em breve. Este debate está muito atrasado na universidade, precisamos de ajuda da Frente em Defesa da Saúde”. Ela também defendeu que a atenção básica precisa ser privilegiada, pois hoje ela tem uma estrutura precarizada, assim seriam reduzidos os gastos com a atenção secundária. 

Assessoria de Comunicação
SINTSS-MS