19/06/2013 08:26
Bruno Chaves e Edivaldo Bitencourt
Uma relação que mostrará os mais de 100 contratos realizados entre a Santa Casa de Campo Grande e empresas terceirizadas será publicada esta semana pela ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), como forma de rebater as afirmações da secretária Estadual de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi. Em depoimento à CPI da Saúde da Assembleia Legislativa, ela disse que eram 'somente' 15 contratos terceirizados.
A informação é do presidente da associação que comanda o hospital, Wilson Teslenco. O presidente que não sabe o número exato dos contratos, mas que eles superam, facilmente, o número 100 e que em 2005, quando a ABCG saiu da Santa Casa, as privatizações de serviços eram apenas 15.
“Os deputados falaram que são 100 e eu não sei de onde tiraram esse número. O que vamos fazer agora é publicar uma relação desses contratos e tornar isso público, o que deve ocorrer nesta semana”, revelou.
Para Teslenco, publicar os detalhes dos contratos não significa dizer que os documentos são incorretos ou ilegais. “Todos os contratos assinados são legais. Depois de analisá-los poderemos dizer a situação de cada um. Por enquanto, todos estão corretos”, afirmou.
Desde quando reassumiu o comando da Santa Casa, em 17 de maio, a ABCG analisa todos os contratos com terceirizados do hospital. Na última semana, Teslenco explicou que todos “estão sendo revistos, integralmente, porque contratos precisam ser aperfeiçoados, renegociados e, eventualmente, contratos precisam ser cancelados”.
Incentivado a dar exemplos de acordos que serão mantidos ou cancelados, Teslenco preferiu não se comprometer e disse que espera a finalização da análise dos documentos, o que é “demorado”, segundo ele.
Por enquanto, a única situação divulgada até o momento é da empresa Fama Park, que presta serviços no estacionamento do hospital. A Fama é uma das empresas terceirizadas que deixará de prestar serviços na Santa Casa. A empresa teve o contrato suspenso pela ABCG com a justificativa de que o serviço deve ser melhorado.
Auditoria realizada pelo Denasus antes de 2005, que foi uma das razões da intervenção, apontou irregularidades nos contratos terceirizados firmados pelo hospital. A maior parte era desvantajosa para a Santa Casa.
Fonte: Midiamax