publicado em 2 de Maio de 2016 às 09:53 - Notícias

Saúde estadual define indicativo greve para a próxima sexta-feira e realizará manifestações em locais de trabalho nos dias 3 e 4 de maio

Assembleia 2 de maio Crédito Sérgio Souza Júnior

Reunidos em Assembleia Geral hoje pela manhã (2), trabalhadores da saúde estadual rejeitaram mais uma vez a proposta de abono do governo e deliberaram pelo indicativo de greve para o dia 6 de maio.

A greve acontecerá, se a negociação com o governo não avançar. A categoria deu prazo até quarta-feira (4) para o governo apresentar nova proposta.

Ato contínuo, a assembleia deliberou também por realizar manifestações nas próximas, terça e quarta-feira, pela manhã e pela tarde, durante duas horas consecutivas.

A decisão tomada reflete o clima de impaciência que tomou conta dos servidores públicos, a categoria está com seus vencimentos congelados desde o mês de dezembro de 2014, enquanto a inflação do período já corroeu seus salários em 16,14%, segundo estudo do escritório estadual do DIEESE (Departamento Sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Este percentual é o índice de reajuste salarial linear que o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, do qual o Sintss-MS é signatário, defende para todas as categorias do funcionalismo público do estado.

Negociação

Na última sexta-feira (29), a rodada da mesa de negociação salarial terminou sem acordo entre trabalhadores e governo. Saiba mais em: http://migre.me/tFr5A 

No último encontro, a comissão do governo do estado, representada pelo Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel e também por Carlos Alberto Assis, Secretário de Administração e Desburocratização de MS, voltou a propor abono salarial de R$250,00 que já foi rejeitado pela categoria. A principal crítica dos servidores ao abono é que este não incorpora nos salários, trazendo insegurança jurídica aos trabalhadores.

Com a iminência de greve da saúde estadual, a comissão de negociação do governo solicitou um prazo até o dia 6 de maio, para apresentação de nova proposta e se comprometeu a realizar um estudo do impacto financeiro sobre três pontos levantados na mesa de negociação, que seriam os plantões, a produtividade (assiduidade) e a progressão na letra da carreira, daqueles trabalhadores que já possuem este direito.

Já a Assembleia Geral da categoria, reunida hoje (2) para deliberar sobre a solicitação do governo, rejeitou este prazo, considerando-o longo demais e deliberou por aguardar nova proposta do governamental até a próxima quarta-feira (4).

Manifestação

O clima esquentou durante a Assembleia Geral da categoria, realizada hoje (2) no saguão do Hospital Regional de Campo Grande. Em regime de votação, os trabalhadores mantiveram por unanimidade a realização da greve da categoria, a partir da sexta-feira (6), caso as negociações não avancem.

Segundo o Presidente do SINTSS-MS, Alexandre Júnior Costa, “a febre pela greve que o governo queria medir, explodiu seu termômetro na manhã desta segunda-feira” alertou o dirigente.

Após o debate, os servidores da saúde estadual decidiram realizar manifestações, paralisando seus trabalhos por duas horas consecutivas. Os atos estão confirmados para terça-feira (3) e quarta-feira (4), das 7h às 9h e das 13h às 15h, com concentração em frente ao saguão do Hospital Regional de Campo Grande.

Outras categorias

O clima de insatisfação com as propostas do governo estão presentes em outras áreas do serviço público estadual.

O sindicato dos agentes penitenciários estão realizando paralisações nas unidades de trabalho, situação agravada pelo envenenamento de 6 agentes da categoria, ocorrida dia 20 de abril, na Penitenciária Máxima da capital.

Já os policiais civis deliberaram em assembleia geral, fazer um dia de paralisação de 24 horas na próxima quinta-feira (5). Os policiais militares rejeitaram a proposta de abono de R$200,00 e podem “aquartelar” durante este processo de negociações.

As categorias, que também compõem o Fórum dos Servidores Públicos do MS, realizaram no dia 9 de abril uma assembleia geral conjunta e rejeitaram as propostas de abono salarial emitidas pelo governo estadual e indicaram a greve para este mês, caso as negociações não avancem.

Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom SINTSS-MS Editado às 11h05min para atualização de informações 

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