Estiveram presentes, mais de 300 pessoas, na assembleia geral dos trabalhadores da seguridade social de Mato Grosso do Sul, que aprovou a nova proposta emitida pelo governo estadual, tendo 8 votos contrários. A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (5), em frente ao saguão do Hospital Regional de Campo Grande.

Esta foi a maior assembleia da campanha salarial de 2016, com a deliberação, a categoria que estava à beira da greve, cancelou o movimento grevista, que estava marcado para ter início a partir das 0h00 desta sexta-feira (6).

A proposta aprovada pela categoria contempla 6% de reajuste nos salários dos servidores, incluindo os aposentados, a partir do mês de julho.

Além do reajuste serão pagos mais R$ 200,00 duzentos reais a título de abono, válido por um ano, com garantia de irredutibilidade, a ser paga a partir do mês de abril deste ano, de forma retroativa.

Em sua fala, durante a assembleia, Alexandre Júnior Costa, Presidente do SINTSS-MS, foi enfático ao dizer, “pode não ser a melhor das propostas, mas isto tem que ficar bem claro, sem a participação dos trabalhadores nas mobilizações, não teríamos conseguido nenhum avanço. Foi a nossa luta que nos fez chegar aqui. Nós derrotamos o governo que queria impor o duzentão”, afirmou o sindicalista.  

“E nós já falamos na mesa de negociação, em 2017 nós temos que mexer em nossa tabela, não nos venha com proposta ridícula”, concluiu o dirigente.

Ricardo Bueno, Vice-Presidente do SINTSS-MS, comentou sobre a decisão da assembleia, “nós não atingimos o nosso sonho, mas esta proposta é mais ou menos o que vem sendo apresentado a outras categorias, então nós podemos dizer que avançamos sim com os 6% de reajuste nos salários, mais R$200,00 reais de abono. Foi muito importante, pois a categoria aprovou em grande maioria esta proposta, foram mais de trezentas pessoas presentes em nossa assembleia”, pontuou.

Letras

O governo também se comprometeu em implementar uma nova sistemática de movimentação na carreira.

A cada cinco anos, o trabalhador da saúde do estado, segundo sua carreira, tem o direito de subir de letra, da A para B e assim subsequentemente, o que melhora o nível do salário dos servidores. Segundo um levantamento parcial, atualmente algo em torno de 59 servidores, só do Hospital Regional, detém este direito, mas estão impedidos de progredir na carreira por falta de vagas.

A reivindicação do sindicato é de que os trabalhadores possam progredir na carreira, pois já acumulam o tempo necessário para isso.

Segundo a proposta oficial, o governo também se comprometeu com a revisão do Plano de Cargos e Carreiras dos servidores da saúde, até o mês de maio de 2017.

Disponibilizamos em anexo a proposta do governo do estado. 

 

Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom SINTSS-MS atualizado às 18h35min para acréscimo de informações