Mais de 200 trabalhadores, de 18 municípios, vinculados aos órgãos de saúde do Estado estão viajando em caravana à capital para participar da Assembléia Geral de aprovação das reivindicações salariais da categoria, que totalizam mais de 3.500 trabalhadores. A concentração acontece nesse sábado (25.04), às 8h00, na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).
O slogan adotado pela direção do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul) é "Socorro - 4.8% dói no bolso e no coração da gente", uma forma de repúdio ao primeiro aceno reposição por parte do Governador André Puccinelli, que deverá encaminhar a mensagem para a Assembléia Legislativa, na próxima semana, prevendo o reajuste da categoria.
A falta de resposta da Casa Civil ao pedido de agenda para discussão sobre a questão salarial dos trabalhadores da saúde vem deixando a categoria inquieta. O presidente da entidade, Júlio César das Neves, destaca que a falta de diálogo com as entidades de classe é um forte indício de se repetir a tática utilizada no ano passado, quando o Governador não sentou com ninguém e enfiou uma reposição de 3% goela abaixo para as todas categorias e depois saiu concedendo reajustes diferenciados para servidores lotados na saúde, numa tentativa de enfraquecer a representação sindical.
Os índices divulgados pelo Governador André Puccinelli na imprensa, primeiramente 4,8% e recentemente entre 5,5% e 6% não repõe as perdas acumuladas dos últimos anos de reposição, que pelo pelo IPC (Índice de Preço ao Consumidor) ultrapassou o patamar de 13%, contrapondo-se com apenas 3% de reposição, lembrando que no primeiro ano de gestão do atual governador as categorias ficaram sem reajuste.
"Nossos salários vêm perdendo lastro em relação ao salário mínimo, com o nível fundamental (limpeza, portaria, recepção) passando a ganhar menos que o salário mínimo, que apresentou crescimento de 32% no período. As perdas salariais também atingem o nível superior, que hoje ganha menos que dois salários mínimos.
Júlio César lembra que os servidores deram sua contribuição para que o Governador André Puccinelli equilibrasse as finanças do Estado. Acrescenta que antes da crise o balanço contábil do Estado dois últimos dois anos apresenta saldo positivo (superávit) de mais de R$ 2 bilhões. "Agora chegou a hora de estancar a política de arrocho sobre o funcionalismo, que acaba refletindo na economia dos municípios e na arrecadação do próprio do Estado, a melhor forma de manter a economia aquecida é melhorar o salário dos servidores", comentou.
Assessoria de imprensa sindical
Júlio das Neves
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