A diretoria do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do Estado de Mato Grosso do Sul) vai reivindicar 50% de reposição salarial na data-base de maio desta ano. O índice foi aprovado após uma ampla discussão com os representantes da capital e do interior, ocorrida no último sábado (28.03), na sede da entidade.
O percentual deverá ser encaminhado oficialmente para o Governador André Puccinelli (PMDB) e apreciado na mesa de negociação salarial. Tem o propósito de corrigir as distorções que o próprio Governador admite existir, agravadas no ano passado, quando o Estado alterou a Lei 3.193/2006, concedendo reajuste diferenciado para apenas 300 servidores e repassando apenas 3% para as demais funções, quebrando o princípio constitucional da isonomia salarial no serviço público, além de repor parcialmente as perdas, quando a lei determina a reposição integral da inflação.
Com base no IPCA, os servidores da saúde já acumulam perdas salariais superior a 12% no período de 2007 a 2009, com previsão de algumas funções de nível médio receberem menos o que o salário mínimo a partir de março, caso não seja aplicado um realinhamento urgente.
O Sintss-MS protocolou no dia 09 de março pedido de abertura de negociação endereçado a Secretaria de Administração, Thie Iguchi, com cópia ao Governador André Puccinelli, mas até o momento obteve nenhuma resposta. A proposta de 50% de reposição será apresentada à categoria, em assembléia prevista para o dia 25 de abril, quando a direção pretende mobilizar os servidores da capital e do interior para homologação da proposta.
A proposta de abano e de reposição de 4,6% do IPCA-E não agrada agradou a categoria, pois não repõe as perdas acumuladas nos dois anos de gestão do atual governador, mais seis do governo anterior, quando a categoria recebeu 25% de aumento. "De lá para cá estamos sentindo nosso salário se deteriorando enquanto o Estado acumula superávit de mais de R$ 2 bilhões e acréscimos constante de receita, mesmo no período considerado de crise, a categoria, a sociedade e a Assembléia Legislativa precisa reagir contra esta política de arrocho salarial ", ressalta o presidente do Sintss-MS, Júlio das Neves.
Assessoria de imprensa sindical
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