O Sindicato da Saúde, hoje denominado SINTSS, nasceu durante o congresso da Federasul, ocorrido em Corumbá, no ano de 1989, numa discussão entre as lideranças da época dos servidores estaduais, que incluíam todas as categorias, menos os servidores da ACP/Fetems, Sinpol, Sinder (Sindicato da Terraplanagem), Sindifisca e os ATS, além da Associação dos Cabos e Soldados Militares.
Os servidores não tinham representação definida, com exceção das categorias já mencionadas, quando algumas lideranças, entre eles Mariano Cabreira, José Valeriano, Mário Augusto de Oliveira, Auxiliadora Darque Barbosa Espíndola, Maria Antônia, Athayde Nery, Luiza Ribeiro, Maria Tereza, entre outros discutiram a possibilidade de se criar um “Sindicatão”, onde todas as categorias que não estavam organizadas sindicalmente pudessem ter sua representação garantida.
Numa reunião alguns dias depois na ACP – Associação Campograndense dos Professores, surgiu o SINTESP – Sindicato dos Trabalhadores do Poder Executivo, com a eleição da primeira diretoria e a posse na presidência do então jovem Mariano Cabreira, tendo como tesoureiro, Mário Augusto de Oliveira.
Na sua base de representação, o Sintesp tinha o Sine, Saúde, Secretaria de Justiça e Trabalho, Iagro, Sade, Administrativos da Fazenda, Administrativos da Segurança Pública e Deops.
No final de 1999, com a realização do primeiro concurso para servidores da Saúde e a imediata convocação dos aprovados, o SINTESP chamou uma grande e histórica greve na sua base da saúde, com 90% de adesão, inclusive com a participação dos recém-convocados. A greve só obteve o sucesso alcançado porque teve a imprescindível participação do então deputado estadual, André Puccinelli, que incentivou a greve e na oportunidade sugeriu à categoria que lutassem por um Plano de Cargo e Carreira. Como médico, o então deputado André Puccinelli ajudou os grevistas a pressionar o governo de Marcelo Miranda para conseguir o índice desejado – 85% de reajuste - boicotando os dados da campanha de vacinação até que este concordasse em atender os anseios dos servidores da Saúde. Quis o destino que esta idéia do PCC da saúde fosse apresentado e aprovado na Assembléia Legislativa e tivesse que ser instalado no governo de André Puccinelli, que mesmo sendo o idealizado do plano, se recusa a implantá-lo.
O SINTESP continuou representando os servidores da Saúde até 2002, mas em 1992 havia iniciado a derrocada do “Sindicatão” com a saída de vários sindicatos de sua base de representação, que foram em busca de maior espaço e a conseqüente organização sindical da categoria.
Em 2002, durante a realização de um congresso em Campo Grande, os servidores da Saúde decidiram pela unificação dos sindicatos dos trabalhadores em saúde, mudando sua denominação para SINTSSMS – Sindicato dos Servidores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul, com a eleição e posse do companheiro Alexandre Costa como primeiro presidente. Em seguida foi eleita Creuza Odorico Cardoso e atualmente o SINTSSMS é presidido por Júlio César das Neves.
Mas foi na gestão da então presidente Creuza Odorico que começaram as discussões para lutar pela implantação do PCC da Saúde, sugeridas pelo então deputado estadual André Puccinelli.
Algumas personalidades tiveram destaques nestes 20 anos de criação da representação sindical dos servidores da Saúde, entre as quais destacamos: Maria Otília Santiago, Nilda Teixeira (hoje no Conselho Fiscal do sindicato), Ari Ferreira (Suplente do Conselho Fiscal), Auxiliadora Darque Barbosa, que primeira vez não participa da direção do sindicato, mas continua atuante como outrora, quando também participou da invasão da governadoria por mais de 30 dias.
Durante a sua existência, o SINTSS ocupou várias sedes provisórias até se fixar atualmente na Rua dos Pinheiros, 23 – Bairro Amambai. Sua primeira sede foi na Rua Pedro Celestino (próximo ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora). Neste local, o sindicato funcionou por 5 anos. Por mais 3 anos, o SINTSS funcionou na Rua Padre João Crippa. Depois, por mais 2 anos funcionou na antiga Rodoviária. Em seguida mudou-se para a Avenida Calógeras, onde hoje funciona o Centro de Saúde Ênio Cunho. Por um curto período, o SINTSS funcionou ao lado da Escola Maria Constância de Barros Machado. Antes de fixar-se no número 23, da Rua dos Pinheiros, o SINTSS funcionou ao lado, onde hoje está instalado o Sindicato dos Radialistas.
Além das personalidades já citadas que foram fundamentais para a construção das lutas dos servidores da Saúde, este informativo quer ainda nominar outras personalidades que de igual forma tiveram importantes participações neste contexto sindical, que foram as seguintes pessoas: Mariano Cabreira, José Valeriano, Mário Augusto de Oliveira, Veterinário Honorato, Alexandre Magno, Araújo, Maria Terezinha Palermo, Alexandre Costa Jr, Maria do Socorro de Matos, Júlio Cesar das Neves, Nilson Pinto (Corumbá), Josane Terezinha, entre outros que forma direta ou anônima deram sua contribuição na edificação das lutas pela saúde no MS.
Houve um período em que havia sub-sedes em várias cidades do Estado como em Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Paranaíba, Coxim, todas consideradas como cidades-pólos, por serem cidades com núcleos de saúde, onde a questão da saúde precisava de maior atenção, especialmente pelo atendimento aos servidores na implantação de políticas públicas para o setor.
Ao fazer um breve relato da história de lutas dos servidores da Saúde no MS, o Sindicato quer tornar público sua memória e não permitir que o tempo seja o grande inimigo daqueles que deram suor e sangue por dias melhores deste importante segmento do poder público, que é uma saúde de qualidade, onde o servidor possa almejar uma carreira calcada em preciosos serviços prestados à sociedade, mas principalmente que seja respeitado e reconhecido pela atividade que executa, sendo remunerado dignamente de acordo com suas necessidades em função do risco e do esforço que faz para ajudar o Estado a prestar uma saúde de qualidade para o povo sul-matogrossense.