A implantação do setor de neurocirurgia no Hospital Regional depende da contratação de mais médicos especialistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além do conserto do aspirador neurocirúrgico doado a Santa Casa e desativado por falta de manutenção. O balanço é do SINTSS, que cobra passos concretos das Secretarias Municipal e Estadual da Saúde para que a abertura de um serviço especializado.
Atualmente o Hospital dispõe de apenas quatro especialistas em neurocirurgia e abertura da enfermaria requer no mínimo 16 médicos para cobrir o horário de 36 horas ininterruptas. Além disso, classificação do Hospital Regional teria que mudar de pronto atendimento para emergência.
Outra exigência apontada pelo SINTSS é o pleno funcionamento de todas as especialidades em alta complexidade. Isso significa que a disponibilidade de pelo menos 192 médicos só para cumprir a escala de serviços de 36 horas nas seguintes especialidades: cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia pediátrica, vascular, traumatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e endoscopia digestiva. No conjunto, lembra que para o HRMS funcionar plenamente seria necessária a contração de pelo menos 250 novos médicos e mais equipes de paramédicos.
O serviço de Neurocirurgia no Regional é de suma importância no Sistema de Saúde de Mato Grosso do Sul. Mas, previamente, os gestores têm que efetivar os passos necessários para concretizar sua implantação, “o que não existe atualmente”. Acrescente que previamente as unidades básicas teriam que dispor de especialistas para a triagem adequada, encaminhando os Casos mais complexos para a enfermaria de Neurocirurgia do Hospital Regional. Explica que a enfermaria trataria de pacientes com quadro de acidente vascular encefálico, traumatismo craniano, dentre outros agravos da área neurológica, que hoje é causa importante do aumento do número de óbitos de pacientes por falhas no diagnóstico e tratamento dos procedimentos e de demora no atendimento.
O SINTSS-MS luta por uma inversão na política de terceirização da Alta Complexidade no Estado de Mato Grosso do Sul, porque compreende que há uma estagnação quantitativa e qualitativa na atenção à saúde, em decorrência do descompromisso ou incompetência da Gestão Pública em curso. Fatos facilmente comprováveis pelo descompasso de atitudes administrativas, em que o Estado, mesmo tendo as unidades de saúde construídas, não realiza concursos para ocupação das vagas que possibilitam formar as equipes de profissionais, para se justificar como incompetente em setores da assistência, e justificar a contratação de empresas privadas.
Assessoria de imprensa do Sintss-MS