15/03/2017
A Capital de Mato Grosso do Sul começou o dia sem transporte coletivo, pois os trabalhadores desta categoria realizaram uma paralisação de pelo ao menos duas horas, contra a Reforma da Previdência e contaram com o apoio dos dirigents do SINTSS/MS, CUT, FETEMS, MST, Frente Brasil Popular e de outras centrais sindicais que organizaram os protestos de hoje (15).
Já no período da manhã, os manifestantes se reuniram em frente da Praça Ary Coelho, no centro de Campo Grande e saíram em caminhada pelas ruas da cidade, segundo a organização, mais de 20 mil pessoas protestaram em defesa do direito de se aposentar, e receberam muito apoio da população.
Conforme Ricardo Bueno, Presidente do SINTSS/MS, "a manifestação de hoje foi muito significativa, a população apoio nosso movimento, que foi muito forte e bonito, as pessoas estão despertando para esta situação de calamidade que será o fim da aposentadoria, caso este projeto seja aprovado", disse.
Ainda segundo Bueno, "serão prejudicados trabalhadores que teriam este direito sem a reforma e também as novas gerações, os jovens, que aliás estavam em peso nas ruas nesta data, não é possível que o governo golpista não escute este recado duro que a população está enviando neste grande dia de protestos", afirmou.
Para Genilson Duarte, Presidente da CUT-MS, a manifestação de hoje foi, “histórica, pois demonstrou a força dos trabalhadores que efetivamente foram pra rua cobrar dos deputados que votem contra o projeto da reforma da previdência”, disse. Segundo Roberto Botarelli, Presidente da FETEMS, afirmou de forma enfática afirmou durante o protesto, “aqueles deputados estão tirando o sossego da minha família, tirando o sossego da sua família, imagina o que vai acontecer com nossas famílias se esta reforma for aprovada?”. O dirigente lembrou que é preciso cobrar todos os deputados federais para que votem contra a PEC 287, dita reforma da previdência.
A CUT defende a retirada deste projeto de emenda constitucional e é veementemente contra qualquer espécie de emenda à esta projeto, uma vez que avalia que o projeto representa um grande ataque à previdência social e o fim da das aposentadorias para milhões de brasileiros.
Assim que acabou o ato pela manhã em Campo Grade, muitos sindicalistas se dirigiram para frente do Residencial Damha 2 onde mora o Deputado Federal Carlos Marun (PMDB), presidente da Comissão Especial que trata da PEC287 na Câmara Fderal. O acampamento não tem data definida para sair do local.
Em Dourados, dirigentes e militantes da base do SINTSS/MS também participaram do protesto, a manifestação contra a reforma da previdência reuniu mais de 2 mil pessoas e foi organizada por sindicatos CUTistas e pela Frente Brasil Popular. Durante o protesto, manifestantes seguiram em caminhada e também montaram acampamento em frente à casa do Deputado Federal Geraldo Resende (PMDB), pressionando o parlamntar a votar contra a PEC 287.
Decisão judicial
A juíza Marciane Bonzanini, da 1ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre determinou nesta quarta-feira, 15, que o governo de Michel Temer retire imediatamente do ar as propagandas, veiculadas em qualquer tipo de mídia, sobre a reforma da Previdência.
A magistrada, que atendeu a uma ação movida por diversos sindicatos de trabalhadores, estabeleceu multa diária de R$ 100 mil, caso a decisão não seja cumprida. Marciane Bonzanini entendeu que o governo Temer não poderia ter utilizado recursos públicos para financiar as peças, que fazem uma espécie de terrorismo com a população, caso a reforma não venha a ser aprovada no Congresso.