16/01/2014
A Direção Estadual da CUT-MS, gestão (2013-2015) está criando um espaço de debates, para assuntos de interesse da classe trabalhadora, dos sindicatos filiados à Central e aos movimentos sociais.
A área de debates foi recém-criada na sede da Central, com o objetivo de proporcionar mais comodidade e oferecer um espaço físico maior, que comportasse a presença de mais de 60 pessoas sentadas, para a realização de reuniões amplas, o que antes não existia na atual sede.
Segundo Genilson Duarte, Presidente da Estadual CUT, "a ideia é promover um ambiente de diálogo na sede da nossa Central, para nos dedicarmos a acompanhar e discutir temas importantes em pauta na sociedade. Uma atividade democrática, onde as pessoas possam opinar e propor sobre os temas abordados”.
A CUT-MS vai realizar quinzenalmente esta atividade, sendo que os próximos temas serão definidos pelos participantes do encontro.
A Reforma Política tem sido alvo de muitos debates e sua importância ampliou na sociedade, sobretudo após as mobilizações juvenis de junho de 2013. Inclusive em setembro do mesmo ano, a CUT enviou carta à Presidenta Dilma*, propondo questões importantes, como o fim do financiamento eleitoral por empresas privadas.
Outro fato marcante aconteceu em novembro de 2013, no simbólico dia da Proclamação da República, onde a CUT e cerca de 100 entidades dos movimentos sociais, lançaram um plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político, que segue em articulação em todo o país.
Para esta primeira atividade de debates, foi convidado o Ex-Presidente da CUT-MS Ananias Costa, para ser o facilitador da mesa.
O convite para a participação no evento é aberto, tendo presença confirmada de diversos dirigentes sindicais, militantes dos movimentos sociais, da juventude e dos direitos humanos do estado.
O quê? Debate sobre Reforma Política.
Onde? Na sede da CUT-MS, na Travessa Coronel Edgarde Gomes, 49.
Quando? Nesta sexta-feira (17-01) a partir das 18h30min.
*Veja abaixo alguns itens que comporam a Carta da CUT enviada à Presidenta da República, em setembro de 2013.
1- Fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, que macula indelevelmente o processo eleitoral, e que é fonte importante de corrupção;
2- Voto proporcional em lista partidária, com alternância de sexo, definidas em convenções partidárias democráticas e transparentes, a partir de critérios públicos;
3- Fidelidade partidária e programática;
4- Diminuição do número de assinaturas para projetos de Iniciativa Popular e mecanismos de facilitação de coleta;
5- Tramitação diferenciada e prioritária dos projetos de lei de Iniciativa Popular;
6- Inclusão de mecanismos para a democratização do Poder Judiciário e impedimento de judicialização dos conflitos;
7- Combate à corrupção tornando-a crime inafiançável;
8- Fim da imunidade parlamentar para crimes penais e de corrupção;
9- Fim do Senado;
10- Proporcionalidade de representação dos Estados da Federação;
11- Eliminação de cláusulas de barreira;
12- Institucionalização do caráter deliberativo das Conferências de políticas públicas e dos Conselhos Nacionais;
13- Estabelecimento de limite mínimo de 18 anos de idade para concorrer a cargos eletivos, permitindo uma saudável e necessária renovação geracional.
Tais propostas pressupõem um fórum constituinte novo, especificamente eleito para essa finalidade, tendo em vista a comprovada incapacidade de o atual Congresso Nacional levar a cabo qualquer reforma política ampla e profunda. O Brasil está mudando; é preciso aproveitar a oportunidade para consolidar novas formas de organizar a sociedade e o Estado. O Brasil necessita de reformas estruturais de caráter democrático e popular, estruturadas em processos de democracia direta e participativa, na construção de um novo marco ético-político. A reforma política é caminho essencial para aperfeiçoar as relações entre Estado e sociedade e solucionar os graves problemas enfrentados pelos poderes constituídos.