02/04/2013 10:30
Diana Gaúna, Wendell Reis
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) conseguiu mais três assinaturas e ‘desenterrou’ a CPI da Saúde que havia sido sepultada após Audiência Pública na terça-feira (26) por maioria, na Câmara. Segundo Luiza os vereadores Alex do PT, João Rocha (PSDB) e Paulo Siufi (PMDB) assinaram o documento. O presidente da Casa de Leis, vereador Mario César (PMDB) suspendeu a sessão para se reunir com os vereadores.
Luiza – de quem partiu a ideia de abrir a CPI após os escândalos de desvio de recursos do SUS nos hospitais Universitário e do Câncer - informou que o vereador Alex, líder do prefeito Alcides Bernal (PP), esteve reunido com militância do PT no final de semana e decidiu assinar o documento.
O vereador João Rocha, para quem a CPI era uma ferramenta 'muito extremada', voltou atrás e confirmou seu nome na lista de aprovação.
A grande surpresa foi a assinatura do vereador Paulo Siufi. Isso porque quando Luiza lançou a CPI com apoio do Zeca do PT, conseguiram rapidamente 10 assinaturas para garantir a tramitação na Casa. No entanto, Siufi que é o presidente da Comissão de Saúde, desmontou a iniciativa e convenceu os vereadores Chiquinho Telles, Alceu Bueno e Gilmar da Cruz a retirarem seus nomes.
A vereadora Luiza informou que desta vez Siufi deu ‘carta branca’ e disse que por ele a comissão pode investigar e assinou o documento. “A CPI tem mais poder de investigação e é uma resposta para a sociedade que cobra isso”, ressaltou Luiza.
O presidente da Mesa Diretora, vereador Mario Cesar suspendeu a sessão pra se reunir com os vereadores em uma sala reservada na Câmara. Em seguida, deve ser anunciada a instauração dos trabalhos.
MPE
Após rejeitar a instauração da CPI no dia 26, os vereadores foram até o MPE (Ministério Público Estadual) protocolizar um pedido para obter documentos da investigação conduzida pela promotora de Justiça, Paula Volpe. Na ocasião, o corregedor do MPE, Mauri Riciotti, deu um 'puxão de orelha' nos vereadores e cobrou para que cumpram seu papel fiscalizador e comecem a atuar.
A orientação foi de que o legislativo não pode se omitir e vai ter que atuar sob pena de ser responsabilizado pela omissão. Mauri ressaltou que os legisladores, de uma forma geral, estão acostumados a aguardar as investigações dos outros órgãos.
“A gente sempre ouve os parlamentares dizerem: ah, o MP já está investigando, a Polícia Federal. Não é assim que deve funcionar. As responsabilidades são diferentes e todos têm a sua. Uma coisa é a administração pública punir seus servidores, outra a justiça criminal punir criminalmente, outra a responsabilidade civil e assim por diante”, frisou Mauri.
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